Viajante do tempo

Viajar agora para aquele tempo
Onde havia tanto movimento
Vou encontrar respostas de outras horas e em lugares que passei
Por tantas vezes
Equilibrar-me entre o olhar de passado e o que vejo agora
E tentar não ver o que virá nesta hora
Naquela estrada que me vara
Sei que estarão caminhos já percorridos
Imagens que voltarão a renascer
Que passarão ou que nunca deixarão de existir
E acho que nunca estiveram ali
Meu horizonte agora sobre mim...
Consciente do que me cerca
Vislumbrarei estórias
Mistas de energias entre caos e alegrias
Porém vitais e urgentes em transceder
E todos precisam me dizer
De mim espero sabedoria para ouví-los
Ouví-los em seus olhares
Ouví-los em seus gestos
Ouví-los em suas palavras
Saiba eu também transmitir a mensagem que preciso deixar aqui
Antes de verdadeiramente partir
Para uma nova caminhada
Que muitas vezes parece estagnada
Mas que não estão e nem estarão
Porque para uma viajante do tempo
Sempre haverá outro chão...

Desabafo

Devemos muitas vezes vomitar,expurgar,excretar ou simplesmente cuspir
Muitas vezes nos é possível apenas pensar ou repentinamente olhar...
E ainda bem que tudo conspira para verdade sempre
Só no fim veremos
As cores que estavam escondidas
Ou que tentaram ser invisíveis
Sugirão nuas aos nossos olhos
Já tão dilatados para podermos sobreviver neste mundo obsuro
Sim... Um dia elas virão
Principalmente para seres multicolores
Esconde-las ficaria inviável de se querer
Sejamos sempre naturais
Venceremos assim
Sendo o que realmente somos
Vivas cores em nós.

Renascer de mim

Enquanto ouço esta canção vejo um filme
Canta intensamente minha música em mim
Querendo soltar a alma em gritos
Berrar ao vento na esperança de retornar ao pó
Pois é ele quem eu quero o pó
Assim depois de tantos passados
De onde me vejo agora não me sobra nem a sombra
Do nada que restará
Pro nada retornará
Do instante que te possui
Aquele sentido que me trouxe a voz das águas
Uma noção de um sabor real de fé
O sal em seu gosto natural
Lembranças para um futuro
Num presente que aparece desapegado e ausente
Que fim levou aquela estação de flores?
Que agora plena e congelada
Anseia pelo sol presa
Ele um dia retornará
E pronta estarei novamente para amar

Conto do caminho Místico

Sobre essência de natureza, correnteza de um rio
Águas lavando, banhando almas
Alegrias de crianças pagãs
Uma levesa sentida no respirar de árvores
Bailando ao som de um canto
Susurro imortal
Para passar sobre esta ponte
Pedi-se permissão as águas
Ouço a voz do sábio dentro de minha mente
Aurora da vida
Arco-íris nos pés da aprendiz
Passado, presente e futuro
No mesmo instante
Sabor do tempo

Sedenta

Tocar era tudo em minha sede sem fim
Porque um dia embriaguei-me
Com incontáveis beijos...
Vassala enlouquecida
Mulher nua, sedenta
Órgãos já não obedecem meu comando
Eles próprios gritam e tudo se comprime
Exalam ferozmente e involuntariamente
Bêbados de tanto querer
Pudores não respondem, dogmas mortos
E eles nem existem, não haveriam de aparecer agora
Não reconhecem tais palavras
O instinto apenas servi-me

O vazio que transborda...

Devo valer a mim mais e por vezes
Porém, vago entre ruas, pontes, praças
Colcha de retalhos rasgada
Fragmentos de mim espalhados por todos os lugares
Encostam-se pessoas que parecem perceber afinal
Coisas em um emaranhado
Alguém em algum lugar compreende meu abismo
Talvez a poesia apareça agora e me facilite vomitar
Devorada pelo instante de um olhar...
Vivendo por viver...
Será que não é oferecido a todos o estado de audição do ser?
Calem-se todos...
Só o caminho que me leva o porquê eu não sei, mas quero ir
E quero e te quero

Matando...

Matando-te e também a mim
Melodia do meu tormento
Trabalho tentando conter tal sentimento
Respiro-te adiante e por vezes
Um retrato do que sinto por dentro
Ainda ando resignada
Alma esbagaçada, congelada, em correntes
Arredia sem controle
Um belo sem flores, sem cores
Muitas dores

Andreza Arruda de Athayde

Ho lanciante...

Só sabendo e como sei
E de espanto seguia a variável de ser e estar
Caminhando sem paz,
Pude até bem mais
Oferecer
Isso virou dar sem ter
Bendita dádiva de meu ser
Vivendo maculada
Quase em coma
Atordoada vislumbrando minha própria morte
Resolvi me lançar à sorte
Mergulhei em trechos tortuosos e me pus à prova
Que lugar deserto apenas eu em mim...

Andreza Arruda de Athayde 29/07/2008.

Réunion de l'âme

Porque acreditar no dito
Se percebendo o não dito, aí que acredito
Sinto em você a essência de ser
O que eu sou
Espelho...
Onde olho a mim mesma
Olho um pouco mais...
Reconheço-te
Reflete o masculino de mim
E está aí em ti
Agora somos um
Buscando o mesmo
Sem falar, sem pedir, sem medir
Só ter, sentir e ser
Eu em você.

Andreza Arruda de Athayde 29/07/2008.

Reencontro

Faltando-me o ar até quando?
Sinto seguidos nas veias, meu sangue...
Correndo em desalento
Olhando bem lá por dentro
Tanto a dizer, mas aqui já não há mais você
Meu Deus...
Volta pousando em minhas entranhas
Lugares que me permitem existir
Abre logo minha boca aqui
Volto a viver atravessando os olhos do meu ser
Mergulho pra renascer
Reencontrei você

Andreza Arruda de Athayde

06/11/2008

Entardecer perdido...

Por que ao entardecer
Sempre busco você
Querendo ter emoção de outrora
Sabendo que ainda estou na angustia de pensar
Que o acaso
Distraído
Eu encontre você
Sentindo as cores salgadas dos mares do meu ser
Muitas vezes iludidos
Ansiosos, arrependidos
Irritados, destruídos
Mas me foram assim permitidos

Andreza Arruda de Athayde

Intenso.

Seu gosto esta em minha língua
Não quero estar, já estando
Permaneço sem transito
Desejo acreditar que não devo pensar assim
Atravesso
Ilusão invade meu coração
Troca tudo por conclusão
Sentir – te por vezes
Sufoca - me afoita
Em lampejos de loucura
Desejo – te além de mim
Satisfazer – te enfim
Que pele é esta que soa
E se mistura a minha, transcende
Deixa-me gostar de gostar de você
Sem razão e sem por que
Você esta aí e eu o mesmo que você

Andreza Arruda de Athayde 27/08/2008

LORA VOCE É LINDA!!!

Voce é linda lora.. pena que alguns panacas não ve isso e se arrependem depois...rsrs

Bjs te adoro

Ariane